Suporte Básico de Vida

A tarde aproxima-se do final, o frio que vem marcando presença nos últimos dias acentua-se e tu aproveitas os últimos raios de sol para ir nadar um pouco. Terminado o treino, já no balneário, entre as tarefas habituais vais pondo a conversa em dia com um colega.
De repente, quando olhas para o lado, reparas num senhor que se encosta aos cacifos, curva-se e coloca a mão sobre a testa como que formando uma pala de um boné. Até aqui nada de mais. Mas, ao observar melhor, apercebes-te que o senhor está com tremores. Olhas para o teu colega e, simultaneamente, aproximam-se para averiguar a situação.
- O senhor está bem?
A pergunta repete-se 2 ou 3 vezes mas em nenhuma delas se obtém resposta. Os tremores aumentam, o senhor começa a espumar pela boca e a sua rigidez é tal que é incapaz de dar um passo.
Sem certezas do diagnóstico (AVC? Epilepsia?...), perante tal situação somos nós que começamos com tremores. Uma coisa é certa, temos que fazer alguma coisa.
Com esforço colocamos o senhor em posição lateral de segurança e, enquanto o Zé Roberto ficou com o senhor, eu fui chamar ajuda e ligar para a Emergência.
Quando regresso o senhor já estava ligeiramente melhor mas ainda incapaz de se mexer e de articular qualquer palavra.
Acompanhamos por mais uns instantes o senhor até à chegada dos Bombeiros que tomam depois conta da situação.
Aos poucos o senhor recupera a fala embora a sua motricidade continue limitada.
Os Bombeiros confirmam o diagnóstico da Epilepsia e contactam um familiar para o vir buscar pois o senhor não está em condições de conduzir.
Felizmente a situação está resolvida mas foi um valente susto.
A vida põe-nos constantemente à prova e nenhum de nós sabe quando será chamado a salvar uma vida. É pois importante que estejamos preparados.

Comentários

Bruno Cruz disse…
Espero que esteja tudo bem Hugo, escreve o bruno do café canas, recordas-te?
Unknown disse…
Oi Hugo. Mais um blog que vou seguir. :) Esta cena de ter pelo menos uma luzes de duporte básico de vida é essencial a qualquer um. Devia ser obrigatorio nas escolas apreender isto. Não passou de um susto e ainda bem.
Abraço.