Foi com profunda indignação e total discordância que me confrontei com o teor da
matriz curricular para implementar no ano lectivo 2012/13, disponibilizada no
sítio da Direcção Geral de Educação.
Esta proposta de matriz promove de forma totalmente injustificada e sem qualquer base científica
uma redução horária da única área do currículo que contribui directa e decisivamente para a saúde da população infanto-juvenil portuguesa, num contexto em que o país revela a segunda maior taxa de prevalência de obesidade e sobrepeso da Europa e uma das mais baixas taxas de prevalência de actividade física.
Esta proposta de matriz promove de forma totalmente injustificada e sem qualquer base científica
uma redução horária da única área do currículo que contribui directa e decisivamente para a saúde da população infanto-juvenil portuguesa, num contexto em que o país revela a segunda maior taxa de prevalência de obesidade e sobrepeso da Europa e uma das mais baixas taxas de prevalência de actividade física.
Ainda recentemente o presidente do Comité Olímpico de Portugal, Vicente Moura, afirmava que Portugal tem o mais baixo índice de actividade física na Europa, o mais
baixo índice de atletas federados da Europa, que não há um plano de detecção
de talentos, que não há um plano integrado de desenvolvimento desportivo e concluiu dizendo que é preciso "mobilizar
a juventude" e que a prática de desporto devia ser obrigatória nas
escolas e agora vem esta machadada na Educação Física.
Com esta matriz curricular a DGE promove o desenvolvimento de um dos maiores flagelos do século XXI, o sedentarismo, e compromete o imprescindível desenvolvimento de hábitos de vida saudável na população portuguesa. Esta matriz, para além de contrariar todas as orientações curriculares europeias, no que à Educação Física diz respeito, surge em contraponto a uma recente resolução da Assembleia da República Portuguesa, onde se reconhece a necessidade de se reforçar a actividade física da população em idade escolar. É a própria DGE que diz ser necessário "promover a saúde dos jovens, especificamente em matéria de alimentação saudável e actividade física" (aqui e aqui).
Com esta matriz curricular a DGE promove o desenvolvimento de um dos maiores flagelos do século XXI, o sedentarismo, e compromete o imprescindível desenvolvimento de hábitos de vida saudável na população portuguesa. Esta matriz, para além de contrariar todas as orientações curriculares europeias, no que à Educação Física diz respeito, surge em contraponto a uma recente resolução da Assembleia da República Portuguesa, onde se reconhece a necessidade de se reforçar a actividade física da população em idade escolar. É a própria DGE que diz ser necessário "promover a saúde dos jovens, especificamente em matéria de alimentação saudável e actividade física" (aqui e aqui).
Esta proposta considera a agregação da Educação Física, Educação Visual, TIC e Oferta de Escola numa área
intitulada de Expressões e Tecnologias no 3º ciclo, à qual é atribuído um crédito
total de minutos para ser gerido no seio de cada escola, de
acordo com o critério dos seus gestores, permitindo que possa vir a
desprezar-se totalmente a carga horária que estava definida para a área
disciplinar da Educação Física, por ano/ciclo de escolaridade, que já de si
era claramente insuficiente face a todas as orientações internacionais,
nomeadamente europeias. No caso particular do Ensino Secundário, é proposta
uma redução de trinta minutos na carga horária semanal da disciplina de Educação Física,
o que perfaz cerca de menos 16 horas de aulas anuais, ou seja, menos cinco
semanas de aulas por ano.
Será que os nossos (des)governantes estão conscientes das consequências nefastas para a saúde da população portuguesa desta decisão? Será que os nossos (des)governantes estão convenientemente informados sobre o impacto económico da prevenção da doença através da actividade física previsto pela Organização Mundial da Saúde?
Comentários
Vou também partilhar este texto.
Um abraço.
Quando temos na classe (des)governante gente que fuma, não faz atividade física, comem que nem bestas e têm a mania que são intelectuais, o resultado só poderia ser este ou pior daqui em diante.
Resta-nos esclarecer a opinião pública, dar bons exemplos de prática da atividade física, fazer o nosso trabalho diário, denunciar estes erros, fazer pressão e tentar sensibilizar esta gente insensível.
Saúde para todos!