I Duatlo BTT "Terras de Viriato" - Viseu, 2013

A cidade de Viseu recebeu este fim de semana o I Duatlo BTT "Terras de Viriato". Depois de, em ano(s) anterior(es), se ter realizado um Duatlo na variante de estrada na cidade e, para além de Mangualde (onde se disputa o Duatlo de Mourilhe, também em BTT), a modalidade está de regresso a terras beirãs. Que bom é ver a modalidade expandir-se para outras paragens mais afastadas do litoral, assim haja atletas para a praticarem...


Inicialmente esta não era uma prova que estivesse nos meus planos mas, por um lado porque se realizava na cidade da minha namorada - Liliana - e, por outro lado, por ser um Duatlo BTT (uma prova que nunca tinha realizado) aceitei o desafio e inscrevi-me. Esta foi a última prova da minha trilogia competitiva, iniciada em S. Jacinto e que aqui terminou depois de ter passado por Almeirim. 3 competições em 3 semanas consecutivas... Agora é tempo de pensar em Caminha.


A prova contou com o apoio logístico do Regimento de Infantaria 14, em frente do qual estava montado todo o aparato da competição e onde se realizou a partida, a chegada e as transições.
Tendo em conta o tipo de prova, o local e a data (no mesmo fim de semana que o Triatlo de Peniche - Campeonato Nacional de Grupos de Idade) não eram esperados muitos atletas. E assim foi. Foram cerca de 35 os atletas (apenas homens...) que compareceram à chamada. Engane-se no entanto quem pensa que, pelo número reduzido de atletas, o nível competitivo seria baixo. Apesar de poucos o nível competitivo estava assegurado com bons atletas na linha de partida.


A corrida foi praticamente toda realizada dentro do Instituto Politécnico de Viseu, com muitos percursos de ida e volta (e os consequentes retornos que quebram o ritmo), estando, por vezes, mal delimitado (as fitas colocadas apenas no lado exterior das curvas, deixando o lado interior livre para quem quisesse cortar caminho) e com pouco controlo (na 1.ª corrida havia bastantes elementos espalhados pelo percurso mas na 2.ª corrida apenas estava 1 pessoa ao longo de todo o percurso).


O percurso de BTT tinha um pouco de tudo. Havia desde estradas de alcatrão (naturalmente) até um "single track" sinuoso onde era necessária bastante técnica, passando por zonas de terra e mata onde as subidas e as descidas se iam revezando. Apesar de estar pouco à vontade com esta variante do ciclismo (isto já sendo bastante optimista pois já não andava de BTT há mais de um ano...), dado que havia terminado o primeiro segmento bem classificado, tentei seguir com os primeiros. Até entrar no "single track" a coisa ainda se foi compondo mas, quando foi exigida técnica e à vontade em cima da bicicleta, as minhas lacunas fizeram-se notar e, para além de ameaçar um bom par de quedas (felizmente não passaram de ameaças), saí do trilho numa curva mais apertada (fui em frente) o que me valeu - além do susto - uns bons arranhões (felizmente sem gravidade). Foi nessa altura que eu decidi não arriscar neste segmento (esta não era uma prova prioritária e, uma simples queda, poderia pôr em causa todo o trabalho já feito esta época bem como o que ainda está por fazer) e moderei o andamento nas zonas mais perigosas do percurso. Ao longo das 3 voltas que compunham o segmento acabei por, não só perder o contacto com os elementos da frente, mas também ser ultrapassado por 3 ou 4 atletas que, sabedores da arte do BTT (ou simplesmente destemidos, quem sabe), passaram por mim a grande velocidade.
O percurso estava bem sinalizado e, nos locais mais complexos, havia elementos da organização a orientar-nos e a controlar o trânsito. Ainda assim e, uma vez que o trânsito estava aberto, chegou a haver situações em que os veículos circularam juntamente com os ciclistas.
No entanto, na minha opinião, o pior estava guardado para o fim. Na segunda corrida, para além de ter apenas uma pessoa a controlar o percurso no IPV (tal como já referi anteriormente) não tinham sequer ninguém a dar água aos atletas mais atrasados. Estes, no abastecimento colocado no início do segmento (imediatamente após a saída do PT), tiveram que se servir das águas deixadas em cima da mesa (o "self service" chegou ao Duatlo...). Se queremos divulgar a modalidade e trazer atletas temos que os saber cativar e não é assim que o fazemos com certeza. O último atleta merece tanto respeito como o primeiro (não pagaram afinal valores de inscrição semelhantes?).
E por falar em valores de inscrição, aproveito para referir as lembranças. Não é pelo que recebemos no final que avaliamos uma prova, mas lá que é agradável levar alguma coisa para casa é. Nesta prova fomos presenteados com umas brochuras do Turismo do Centro de Portugal e umas pequenas recordações (um porta chaves, um rebuçado e um lápis) do Exército. Acho que o valor da inscrição merecia algo mais.
Voltando à prova em si, falta-me apenas referir que logo no início da  segunda corrida passei 2 atletas que me haviam passado na última volta do ciclismo (um deles passei-o ainda no PT) e, uma vez que não havia ninguém ao meu alcance, fui correndo até à meta apenas com atenção para que não fosse surpreendido por algum atleta que viesse atrás.


No final, cumprida a prova em 1:13:06 horas, o melhor que consegui foi o 7.º lugar da Geral (5.º Sénior). Podem consultar a classificação completa aqui.

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