FSA Omega Crankset

Há já muito tempo que não escrevo aqui. Primeiro porque não tenho tido tempo e depois, verdade seja dita, porque também não tenho tido assunto.

Hoje, contudo, arranjei ambas as coisas e vou inaugurar uma secção aqui no blog a que decidi chamar de “Bricolagem”. 😉

Quem me conhece sabe que gosto destas coisas dos trabalhos manuais. Sou eu que faço, entre outras coisas, praticamente toda a mecânica nas minhas bicicletas.

Recentemente comprei uma bicicleta para usar, essencialmente, no rolo e nos dias chuvosos (coisas de gente pouco ocupada 😊).

A bicicleta veio com um equipamento, embora básico, interessante onde se incluía um pedaleiro FSA Omega. Sucede que o pedaleiro, além de compacto (50/34 dentes), tem cranks de 170mm de comprimento, o que me leva a querer trocá-lo. Até aqui tudo bem.



Este modelo de pedaleiro, tal como quase todos os da FSA (e os da Sram também), é “auto extraível” (self extracting). Quer isto dizer que não necessitamos de nenhuma ferramenta específica para retirar o pedaleiro. Neste caso, uma chave sextavada de 8mm desaperta um parafuso M12 que, ao empurrar uma anilha (fina, de alumínio) enroscada no crank esquerdo, faz o crank sair e permite retirar o pedaleiro. O problema, que pelos vistos os senhores da FSA não pensaram, foi como é que uma anilha de alumínio roscada a 5Nm consegue aguentar um parafuso de aço roscado a 40 Nm. Pelos vistos não aguenta.



Quando tentei retirar o pedaleiro, ao desapertar o parafuso, a anilha saltou. Depois de praguejar, pensando que tinha partido a anilha, analisei o pedaleiro e percebi que a rosca restante da anilha, que deveria estar no crank, não existia. Ou seja, já alguém tinha tido este problema neste pedaleiro antes. Depois de uma pesquisa na internet percebi que era um problema recorrente e tão chato de resolver que algumas pessoas arranjaram soluções drásticas (destruindo o pedaleiro).

Depois de pensar um pouco, decidi tentar fazer uma ferramenta para desmontar o pedaleiro (saca pedaleiro) específica para este modelo. Recorri ao meu amigo Ângelo Fernandes que conseguiu pôr em prática a ideia e contruiu esta ferramenta. Obrigado amigo!

Retirado o pedaleiro, finalmente, resta agora montar o novo pedaleiro (que obrigará a mudar o movimento central).


Moral da história: atenção aos pedaleiros auto extraíveis.

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