Tinha umas contas a ajustar com o Triatlo de Caminha.
Há uns anos, ainda o ciclismo era feito com 2 voltas a subir/descer a Serra de Arga, apesar de ter terminado a prova, Caminha levou a melhor. Este ano voltei a Caminha e queria a "desforra".
Andei até aos últimos dias a pensar em inscrever-me na distância Half Ironman mas, o pouco volume de treino e o bom senso, levaram-me a optar (e bem) pela distância olímpica.
Fui no dia anterior para Caminha o que permite "viver" o ambiente que
estas provas têm. Com 800 participantes (diz a organização), foram muitas as
caras conhecidas.
O tempo foi nosso amigo, depois de chover bastante no dia anterior, a manhã esteve amena e
sem chuva.
Depois da azáfama habitual no PT lá fomos para a partida (a pé) -
que saudades do ferry! A partida (da distância olímpica) foi algo confusa. Entre o "só depois de passar a malta do longo", o "é às 9.30 horas exactas" e o "às 9.30 horas estarmos a afastarmo-nos do leito do rio pois a malta do longo estava mesmo a chegar", soou uma buzina que, depreendeu quem a ouviu que era a partida da distância olímpica (com muitos atletas
a não estarem alinhados e muitos a não darem sequer conta da partida).
Fiz uma Natação tranquila, sempre a nadar, embora existisse uma parte onde a profundidade era muito baixa (e havia
muita gente a caminhar - lamentável numa prova do campeonato nacional).
O Ciclismo tinha tudo para ser um óptimo segmento. Percurso muito bom, abastecimentos bons e voluntários prestáveis. Mas (há sempre um mas), foi vergonhoso o que por lá se passou. A prova era sem drafting e foram imensos os "pelotões" a circular. Vergonhoso! É proibido, é desleal, deveriam ser os atletas os primeiros a querer que a verdade desportiva
existisse mas, quando assim não é, os juízes deveriam fazer cumprir o
regulamento. Com muito poucos juízes no circuito de ciclismo é difícil e a verdade
desportiva fica comprometida. Mais uma vez não devia acontecer numa prova do
campeonato nacional. Quanto a mim fiz todo o segmento sem drafting, repito, todo o segmento sem drafting, e percebi que me faltam horas/kms de treino para aguentar uma potência mais sustentada durante toda a prova.
Saí para a corrida tranquilo, procurando um equilíbrio entre o ritmo pretendido
e o que as pernas (cansadas do ciclismo) deixavam. Mais uma vez um percurso interessante a passar no centro da cidade e com uma
distância boa (quer para quem corre - não fazer muitas voltas, quer para quem
assiste - que consegue acompanhar a prova) e abastecimentos bons.
2h33m depois da partida lá consegui a desforra possível de Caminha.
Caminha é uma prova bastante presente no campeonato nacional (e no país vizinho), com
um potencial enorme, uma organização cuidada mas que precisa rever a Natação e o controlo do Ciclismo
(esta último foi gritante e compromete seriamente a verdade desportiva).
Para terminar, agradecer a quem, após tantos anos, continua a ter paciência para o Triatlo e
está presente nestas aventuras sempre a dar apoio!
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